segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Probabilidades de implantação com Blastocistos. – Publicado em 22/06/2016



Oi gente.
Tenho lido muitos relatos de mulheres que implantam embriões em dia 2 ou 3... e poucas com blastocistos. Minha prima, que já fez várias FIVS, em São Paulo e também em Florianópolis, só que em uma clínica diferente da minha, me falou que eles transferiram embriões a fresco e também com 3 ou 4 dias de cultivo no máximo!!!
Pra quem ainda não entendeu direito como funciona o cultivo dos embriões eu vou ser breve:
1 - A mulher recebe uma carga de hormônios para produzir muitos óvulos em um único ciclo.
2 - Após a punção ovariana, esse óvulos recebem um espermatozoide que é injetado no seu interior.
3 - Esse óvulo injetado é "cultivado" em uma estufa que reproduz as condições do útero (escuro, temperatura regulada em um  campo de cultura estéril).
4 - Nesse ponto se diferenciam os cultivos. Algumas clínicas cultivam os embriões por 3 ou 4 dias, e esperam que eles se tornem blastocistos já no útero da mãe. Outras clínicas observam por 5 ou 6 dias, até que os embriões se tornem blastocistos. Este é o estágio em que o embrião se fixa na parede do útero.

Lendo vários artigos na internet sobre FIV e sobre as técnicas de transferência de embriões, descobri os motivos de algumas clínicas não esperarem, ou seja, não cultivarem os embriões até o dia 5 ou 6.

Para aguardar o desenvolvimento completo do embrião antes da transferência, a clínica precisa de profissionais capacitados e de uma estrutura. Equipamentos especiais que permitem a sobrevida do embrião fora do útero por tanto tempo.
De acordo com o site da clínica Materprime, os embriões que são implantados na fase de blastocisto tem maiores chances de sucesso, pois ao aguardarmos e observarmos o desenvolvimento dos embriões, até o quinto dia alguns param de se multiplicar no 3 ou 4 dia. Embriões em estágio de blastocisto são considerados os melhores, pois durante seu processo de maturação não sofreram a perda de células, ou seja, não estão corrompidos. Isso significa que você pode implantar um embrião no D3, e lá no útero ele parar de se desenvolver. Quando se implanta um blastocisto a chance de ele parar de se desenvolver é menor.
Quando se implanta blastocistos, a chance de gravidez múltipla (gêmeos) também diminui, Pois a divisão das células que dá origem aos gêmeos acontece antes do dia 5 ou 6. Se você implanta um embrião no D3, a chance de ele se dividir e se multiplicar ainda existe. Já blastocistos não se dividem tão frequentemente.

Então, como vimos até agora, as chances de POSITIVO são maiores com a transferência de blastocistos. Porém ainda existem outros problemas de implantação relacionados ao endométrio da mãe, à decisão por embriões a fresco ou congelados, às técnicas de congelamento e descongelamento dos embriões e ao repouso após a transferência.

Falo mais a fundo disso em outros posts, pra não ficar muito longo e chato de ler.

Como sempre, além de falar dos aspectos técnicos da coisa (o que evito ao máximo aqui no blog), vou falar sobre a minha experiência.
Na clínica Fecondare, onde estou fazendo meu tratamento, eles tem como protocolo cultivar os embriões até o quinto dia. Do dia da punção ovariana, até o quinto dia, eu recebi ligações diárias da embriologista, me contando quantos haviam "sobrevivido" e continuado a se desenvolver a cada dia, Como normalmente acontece na natureza, só os melhores embriões, no meu caso 8, continuaram seu desenvolvimento sem sofrer perdas de células até o D5.

Como meu nível de Estrtadiol estava muito alto, isso já com 2 dias antes da punção, meu médico já previu que seria necessário congelar os embriões, pois meu endométrio não estaria nas condições ideais para recebê-los. Em um próximo post vou falar sobre as chances dos embriões a fresco e congelados.

Agora estou aguardando um próximo ciclo para, de acordo com as condições dos meus ovários e do meu endométrio, transferir meus picolézinhos!!!


Abraços!!!


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