Olá pra quem está lendo...
Como falei no post anterior, hoje vou falar sobre o primeiro passo
da nossa FIV.
O Dr. Ricardo Nascimento, em outubro de 2015, nossa última consulta,
nos avisou que no momento em que desejássemos iniciar o tratamento, deveríamos
ligar para a clínica no primeiro dia do ciclo menstrual.
Como já falei no post anterior, resolvemos aguardar o inverno
chegar para não correr o risco de nosso bebê ter microcefalia por conta da
Zika.
No dia 28 de abril, uma manhã gelada (mínima de 8 graus e máxima
de 16), minha menstruação desceu. Liguei para a Fecondare e marquei meu exame
de Ultrassom com o Dr. Ricardo Nascimento. A atendente me informou que o ideal
era fazer o exame no primeiro ou segundo dia do ciclo. Marcamos então para o
dia 29 de abril, uma sexta-feira.
Neste dia então, eu e meu marido fomos até a Fecondare e o Dr.
Ricardo fez o Ultrassom, que revelou que tenho folículos nos ovários, mesmo já
estando menstruada, portanto o melhor a fazer seria uma estimulação leve, de
início, para evitar a hiperestimulação ovariana (que é uma complicação
decorrente do uso de indutores de ovulação, que pode levar a quadros graves e
até à morte, pois os ovários produzem muitos ovócitos).
Ele me passou um quadro, onde são marcados os dias, os
medicamentos e doses a serem tomados e os dias em que eu farei Ultrassom para
acompanhar a estimulação dos ovários.
O remédio que ele indicou é o Gonal de 300ml. É um remédio que vem
em uma caneta com uma agulha super fina, como a que os diabéticos usam para
aplicar insulina. Você gira a caneta para ajustar a dose, posiciona em volta do
umbigo e aperta o botão, aguarda até o remédio parar de ser expelido.
Esse remédio só está disponível, pelo menos aqui em Florianópolis,
em algumas farmácias, que só funcionam com sistema delivery. O médico nos deu
vários telefones de farmácias onde poderíamos encontrar o remédio. Ligamos para
todos, encontramos o melhor preço e compramos o remédio. Cada caneta custa em
média 700 reais, Para esse primeiro estágio, foram necessárias duas canetas.
O médico nos explicou que devemos ir comprando os remédios a
medida que fosse necessário, até por que, tanto o tipo quanto a dosagem seriam
estabelecidos em cada exame, conforme a necessidade e o estágio de ovulação.
Ele nos ofereceu também uma biópsia dos embriões. Seria mais ou
menos assim:
Os embriões obtidos pelo embriologista com nossos óvulos e
espermatozoides seriam congelados, uma pequena amostra deles seria retirada e
enviada a um laboratório em São Paulo. Aguardaríamos um novo ciclo menstrual, e
com a análise genética dos 23 cromossomos dos embriões, escolheríamos quais
seriam implantados. Nessa biópsia são detectadas diversas doenças genéticas nos
embriões.
Levamos os papeis para casa, lemos com muita atenção e resolvemos
que isso não é necessário e ainda atrasaria todo o processo.
Essa biópsia é indicada para casais em que a mulher tenha idade
superior a 35 anos e o homem idade superior a 50. Eu tenho 30 anos e meu marido
40 anos. Também é indicada a biópsia dos embriões para casais em que exista
histórico familiar de doenças genéticas, o que também não é o nosso caso.
Resolvemos portanto não fazer esse procedimento,
Hoje é dia 30/04/2016 e vou iniciar a aplicação das injeções às 18
horas, pois como o médico indicou, elas devem ser aplicadas no mesmo período
(manhã, tarde ou noite). Decidimos que era melhor às 18 horas para que o meu
marido possa me ajudar nas primeiras aplicações.
Os sintomas, segundo o Dr. Ricardo, só serão sentidos caso haja a
hiperestimulação ovariana, o que estamos tentando evitar,
Estamos muito felizes e ansiosos... com medo também, mas
preparados pro que der e vier!
Abraços e até amanhã com mais informações sobre como foi a primeira
aplicação!
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