Olá Gente!
Acabei de lembrar que não contei aqui como foi a minha primeira
gravidez.
Eu sempre quis ser mãe. Meu instinto materno ficou mais intenso
ainda quando aos 8 anos, minha mãe ficou grávida. Antes mesmo do positivo dela
nós já estávamos ansiosas. Eu sou filha adotiva. Ela tentou engravidar
espontaneamente e fez vários tratamentos por 10 anos, até que eu apareci na
vida dela, que se acalmou um pouco, mas ainda tinha aquela vontade de viver a
experiência da gravidez. Ela decidiu fazer mais um tratamento, pois com os
avanços da medicina, ela poderia ter alguma chance, apesar dos quarenta anos.
Não me lembro bem, mas acredito que após um ciclo de Clomid ela alcançou seu
tão esperado positivo! Me lembro que eu queria uma menina... mas no ultrassom
vimos um menino... tudo bem, fazer oque kkkkkk Ele nasceu em fevereiro de 1994
e eu amei aquele bebê, que amo muito até hoje (ainda é meu bebê), meu irmão
Igor. Sempre me imaginei sendo mãe de pelo menos 2 filhos. Talvez 3! kkkk
Fui uma adolescente muito precoce, tenho que admitir. Dei muito
trabalho e acho que decepcionei muito meus pais. Mas tudo o que eu queria era
ser independente, ou pelo menos não depender deles... revolta comum dos 15
anos... Mas, conheci esse cara mais velho... naquele momento ele parecia ser a
minha salvação. Hoje sei que na verdade eu era a solução pros problemas dele...
Ele com 26 e eu com 16. Me pediu em casamento, e eu achei que ninguém jamais me
faria essa proposta novamente na vida... do alto de minha pequenina auto-estima
aceitei. Sem festa, sem comemoração, sem sorrisos, fui morar com ele. Eu o
amava muito, mas hoje vejo que amei a possibilidade, a ideia de ser responsável
por mim mesma. Por um ano vivemos aquela paixão sem pensar em nada, sem se
prevenir também, e eu estranhava quando a menstruação vinha, mas não me
preocupava.
Quando fizemos 2 anos de casamento eu percebi que tinha algo
errado... todo esse tempo sem engravidar! Já queríamos muito ser pais, meus
sogros faziam a maior pressão.
Descobrimos o ovário polisticto, mas a médica disse que isso não
era empecilho. Disse aquela famosa frase "relaxa que vem". E eu
relaxei mesmo!
Comecei a estudar pro vestibular. Escolhi Biblioteconomia. Eu só
arrumava a casa e estudava, o dia e a noite toda. Passei! Que felicidade!
Comecei a estudar em Janeiro... e no mês de Junho... estava a
1.000 nos estudos. Pediram um trabalho super difícil... estava muito
concentrada...
Comecei a sentir dor no estômago... tanta dor que fui pra
emergência do hospital. A médica perguntou se eu não estava grávida... e eu
disse que não. Que tinha problemas para engravidar, então essa possibilidade
não existia.
A dor não passou depois de uma semana. Os remédios não faziam efeito.
Liguei pra minha mãe. Pedi ajuda. Ela me levou pra clínica do meu tio. Lá a
recepcionista me perguntou se eu não estava grávida, e mais uma vez eu neguei,
mas ela achou melhor marcar com a ginecologista, pois eu não havia feito o
preventivo naquele ano... marquei também a consulta com o gastro.
Enquanto não chegava a hora da consulta fui pra casa dos meus
pais, que era bem pertinho. No caminho contamos pro meu pai sobre as consultas
que havíamos marcado e ele resolveu parar numa farmácia e comprar um teste. Eu
nem queria fazer. Já tinha feito tantos, chorado tanto com tantos negativos.
Mas já que ele comprou, fiz o favor de fazer xixi no copinho.
Meu pai colocou a fitinha no copo e ficou o tempo todo observando,
e quando a segunda faixa surgiu... ele olhava pra fita e pra bula, pra fita e
pra bula... e disse: Se isto estiver certo essa menina está grávida!!!! Foi uma
felicidade enorme! Ele ligou pro serviço do meu marido e exigiu falar com
ele... pra dizer que ia ser "obrigado a dormir com a vó" kkkkk.
A gravidez correu muito normalmente. Fiz o pré-natal pelo SUS em
um posto a uma quadra da minha casa. Meu parto normal foi uma indução, pois eu
já havia passado do prazo, mas nem sinal do trabalho de parto. Tudo ocorreu às
mil maravilhas na maternidade pública da minha cidade. Fui super bem atendida.
Minha filha linda, a Letícia foi super bem atendida no nosso posto de saúde,
fez todas as vacinas e só quando ela fez 2 anos é que voltei a estudar.
Quando ela tinha 4 anos meu relacionamento chegou ao fim, por
inúmeros motivos que não valem a pena serem citados aqui.
Um ano depois conheci meu atual marido, que não tinha filhos, mas
que depois de um período de adaptação normal em qualquer relacionamento, ele
passou a ser pai dela também. Digo "também" por que ela tem contato e
respeita o pai biológico dela, mas também ama, tem carinho e respeito pelo pai
dela de coração!!!
Após 4 anos de relacionamento, nos casamos em 2014. Fizemos uma
festa pequena e íntima, mas repleta de significado. Eu parei o anticoncepcional
com a concordância dele em novembro de 2013. E desde então tentamos o nosso
sonhado positivo para a segunda gravidez desta mãe ansiosa que vos fala.
Beijos!!!
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